Crescendo Juntos

Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Mas, e a Educação Física?

Chegou a hora da aula de Educação Física! Logo os alunos abrem aquele sorriso.

Alguns vão dizer: “É lógico que eles gostam! Esse é o momento em que eles “brincam” à vontade, extravasam, descansam da rotina de estudo”.

Mas será que é só isso mesmo? Afinal, para que serve a Educação Física Escolar? Bom, para responder a essas duas perguntas, vamos recorrer a dois dos documentos nacionais mais importantes da área da Educação: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). A BNC diz que a Educação Física Escolar estabelece como objeto de estudo o ensino da cultura corporal de movimento, e os PCNs enfatizam que, embora numa aula de Educação Física os aspectos corporais sejam mais evidentes e a aprendizagem esteja vinculada à experiência prática, o aluno precisa ser considerado como um todo no qual aspectos cognitivos, afetivos e corporais estão inter-relacionados em todas as situações. E é verdade, porque todos nós possuímos várias inteligências.

O psicólogo Howard Gardner afirma existirem sete tipos de inteligências no ser humano, e elas vão além do Português e da Matemática. Tem também a musical, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal e a corporal-cinestésica. Mas, não para por aí. Alguns autores já defendem a inclusão também da ambiental, da virtual e da existencial. Enfim… tudo isso para dizer que o papel da escola é estimular todas as inteligências; afinal, a educação integral de qualidade considera o aluno por como um todo.

Assim sendo, a Educação Física Escolar deve, portanto, garantir seu caráter formativo. Os PCNs são enfáticos quando descrevem a metodologia a ser utilizada: “[…] com objetivos educacionais mais amplos (não apenas voltados para a formação do corpo físico), conteúdos diversificados (não só exercícios e esportes) e pressupostos pedagógicos mais humanos”.

Já diria o grande professor Paulo Freire: o objetivo da escola é ensinar o aluno a “ler o mundo”. Consequentemente, o bom professor de Educação Física deve se assegurar se está incluindo todos os alunos em suas aulas, se eles estão alcançando sucesso nas práticas motoras, se valores como respeito, justiça, honestidade e empatia estão sendo praticados pelo grupo, se a sua sequência didática está trazendo contexto com a realidade dos alunos e assim por diante. É trabalhoso, mas nós, alunos e professores somos recompensados quando isso acontece!

A BNCC também destaca que é essencial que as aulas contemplem as diversas áreas de conhecimento, as quais estão divididas em seis blocos: o jogo, o esporte, a dança, a ginástica, as lutas e as práticas corporais de aventura. Percebemos então que, para garantir boas aulas, faz-se necessário explorar as diversas manifestações da cultura corporal, correto? Então espera aí! Educação Física não é só correr e bater bola? Não, não é não! Vai muito além disso.

É papel do professor estimular diversas práticas. Só assim haverá inclusão efetiva dos alunos, porque, para esse profissional do ensino, independente da atividade, o objetivo será conseguir estimular a noção espacial, as habilidades motoras, locomotoras, manipuladoras, estabilizadoras, etc. É inadmissível uma aula em que os alunos irão sempre fazer a mesma coisa. É direito do aluno aprender propostas novas, uma vez que a escola é o espaço propício para novos conhecimentos.

E sabe outra coisa? O Diesporte (Diagnóstico Nacional do Esporte) fez uma pesquisa e identificou que 46% dos brasileiros se consideram sedentários, ou seja, quase metade da população está parada! Quer mais? O Brasil é o 5º país com mais obesos no mundo.

Não preciso mostrar mais dados para confirmar o quanto é importante praticar atividade física, né? Você já sabe que o exercício físico pode evitar ou controlar doenças psicológicas como: depressão, ansiedade, problemas de coração, diabetes, osteoporose, até mesmo a obesidade que acabamos de citar. Por isso, é importante estimular os alunos para que gostem de atividade física desde cedo; assim, poderão entender o quanto ela contribui para a qualidade de vida.

E para finalizarmos, você já notou como a sua rotina muda quando você pratica atividade física? A disposição, o seu corpo, o sono e o humor melhoram, sua circulação sanguínea fica mais ativa e consequentemente seu cérebro fica mais oxigenado. Resultado disso: facilidade para a aprendizagem, melhorando também o rendimento escolar nas outras matérias. O aluno só tem a ganhar com a prática. Aliás, todos nós. Falando nisso, e você? Já se exercitou hoje?

Felipe Catelan Martins (Colaborador do setor de Eventos, do CEFSA)
Licenciado e bacharelado em Educação Física

Pós-graduado em Esportes e Atividades de Aventura
Pós-graduado em Gestão de Eventos

Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao topo