Crescendo Juntos

Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Desvendando a Gramática

Já ficou impressa na mente das pessoas a expressão “erro de Português”, considerado uma falha imperdoável, especialmente por parte das pessoas que estudaram e tiveram uma formação escolar, pelo menos o ensino médio. No entanto, a linguística, ciência que tem por objeto a linguagem humana em seus aspectos fonético, morfológico, sintático, semântico, social e psicológico, não admite tal conceito. Segundo os maiores estudiosos no assunto, não se pode falar em erro, e sim, uso inadequado de tal palavra, expressão, uso verbal ou qualquer dos elementos constitutivos da linguagem (falada ou escrita).

A gramática é apenas um dos aspectos no estudo da língua. Trata-se de um conjunto de regras que determinam o uso considerado “correto” da língua, tendo-se em mente que o termo “correto” está diretamente relacionado ao conceito de norma culta, modelo de padrões linguísticos, usado normalmente pelas camadas mais escolarizadas da sociedade, especialmente em momentos específicos em que se exige certo grau de formalidade, tais como em entrevistas, congressos, simpósios, aulas, nos meios de comunicação (televisão e rádio) e, principalmente, na escrita.

Portanto, dominar a norma culta, ou norma padrão, é um importante atributo para todos aqueles que se propõem a expressar suas ideias, opiniões ou conhecimentos de modo formal, na linguagem oral e, principalmente, na escrita.

Nossa proposta é esclarecer algumas das dúvidas mais comuns no campo gramatical no intuito de colaborar com quem se interessa pelo assunto. Estamos à inteira disposição dos leitores para sanar qualquer incerteza ou dificuldade que possa surgir quanto ao uso da norma culta.

  • Uso da letra “H”:

A letra “h” só deve ser usada no início das palavras (hálito, homem, higiene) e não representa um fonema, ou seja, não tem som. Seu uso é devido à tradição histórica (palavras advindas do latim, língua que deu origem à língua portuguesa). Obs.: não se deve usar “h” no interior das palavras. Exemplos: desarmonia, lobisomem, desumano, reaver etc. No entanto, ele deve ser utilizado em palavras compostas, quando o segundo elemento estiver ligado ao anterior por meio de hífen. Exemplos: anti-higiênico, pré-história, sobre-humano, super-homem etc.

 

  • Mal e mau

Essas duas palavrinhas sempre causam confusão, principalmente para quem escreve. Mal é um advérbio, expressa circunstância. Exemplos: mal-educado, jogar mal, mal humorado etc. Pode ser também um substantivo, quando vem seguido pelo artigo “o”. Exemplo: o mal que os homens fazem. Mau é um adjetivo, tem por função qualificar um substantivo. Exemplos: mau elemento, mau humor, mau aluno etc. Para não se enganar no uso de qualquer um deles, basta fazer a oposição entre seus antônimos: Mau é o oposto de bom; mal é o oposto de bem. Exemplos: Gilson é um mau profissional (bom profissional). Mariana estava se sentindo mal (se sentindo bem).

 

Caso você tenha alguma dúvida gramatical ou referente à redação de algum texto, envie-a para o e-mail crescendojuntos@cefsa.edu.br . Ela será esclarecida nesta seção do nosso blog.

Colaboração: Sérgio Martins (ex-professor do CEFSA e atual colaborador do Setor de Comunicação nos serviços de revisão de textos)

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