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Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Vida: a nossa travessia

A travessia, para o célebre escritor brasileiro João Guimarães Rosa, autor de “Sagarana” e “Grande Sertão: Veredas”, deveria ser a coisa mais importante a ser levada em conta por qualquer pessoa, e não os seus limites, como nos é mostrado na máxima dele: “Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é na travessia”.  Pode-se analisar que uma possível intenção do autor era a de relacionar essa travessia com o que chamamos de vida, mostrando que o ato de viver é muito mais significativo do que supomos e que deveríamos valorizá-la e celebrá-la.

Por um lado, durante nosso viver, pessoas entram e saem de nosso círculo social, demonstrando um aspecto fundamental do nosso ser: o fato de sermos indivíduos que possuem a necessidade de interação social dentro de um grupo, seja com uma, seja com várias pessoas. E é justamente isso que, direta ou indiretamente, dá-nos um suplemento para comemorarmos as alegrias e felicidades de nossas vidas. Ou seja, não é que uma pessoa precise de outra para ser feliz, mas, através de seu convívio com outrem, as euforias de nossa travessia fazem-se mais efetivas, pois teremos com quem compartilhá-las, com quem celebrá-las, e com quem valorizá-las. Em suma, nossa felicidade e nossa alegria ficam mais fortalecidas com a participação de outras pessoas.

Ilustração: Fernanda Kaori Condo

Por outro lado, ao compartilharmos situações alegres de nossas vidas com outras pessoas, não somente estaremos reforçando a nossa felicidade, mas também contribuindo para contagiá-las com nossa alegria. Além de terem as emoções características individuais, elas possuem também um aspecto coletivo, de modo a interligar as pessoas daquela sociedade. Isso acontece graças ao fato de a felicidade ser passada de um para outro, e assim sucessivamente, criando uma reação em cadeia que, por fim, entrelaça os indivíduos para uma felicidade coletiva, não somente os envolvidos diretamente, mas integrando também aqueles que o fizeram indiretamente. Logo, a reação do compartilhamento de ações e acontecimentos felizes é a de atingir outras pessoas, espalhando esse sentimento único e maravilhoso nas vidas delas.

Naturalmente, fica claro o papel diferencial das pessoas nas emoções e sentimentos de outras: podemos tanto enrijecer nossa felicidade quanto transmiti-la e irradiá-la a outros indivíduos. Com isso, fazemos parte de um processo de desenvolvimento de bem-estar social, com a felicidade e a alegria sendo, o seu ápice, tornando as pessoas ainda mais saudáveis no que tange ao âmbito emocional de suas vidas. Logo, cabe a nós, integrantes da sociedade, ampliarmos nossa conscientização sobre a importância dessa prática, de modo que possamos deixar a sociedade em que vivemos ainda mais animada, exultante, agradável, benigna e florescente.

Texto: Lucca de Rossi (Aluno da 3ª série do Ensino Médio, do Colégio Termomecanica)
Ilustração: Fernanda Kaori Condo (Aluna da 3ª série do Ensino Médio, do Colégio Termomecanica)

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