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Centro Educacional da Fundação Salvador Arena

Desvendando a Gramática – Parte V

Nossa proposta de oferecer aos leitores explicações sobre as principais questões gramaticais, de modo sucinto e objetivo, continua. Neste artigo, trataremos de um dos aspectos que mais dúvidas geram àqueles que desejam escrever corretamente, de acordo com as regras gramaticais: o uso do hífen. Um dos principais elementos a serem considerados para esse estudo são os prefixos ou palavras que podem funcionar como prefixos (por exemplo: anti, além, auto, co, extra, hidro etc.).

  1. Prefixo + palavra iniciado com “H”: quando a segunda palavra for iniciada com h, o hífen deve ser utilizado. Exemplos: super-herói, anti-humano, co-herdeiro, sobre-humano etc. (exceção: “subumano”)
  2. O hífen é usando quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal. Exemplos: anti-inflamatório, micro-organismo, micro-ondas, contra-atacar, semi-interno etc. Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “pro” e “re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal final do prefixo. Exemplos: coobrigar, coordenar, reeditou, proótico, etc.
  3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal inicial da segunda palavra. Exemplos: agroindustrial, antiaéreo, autoestrada, coautor, infraestrutura etc.
  4. Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com uma consoante (exceto “R” ou “S”), o hífen não deve ser usado. Exemplos: seminovo, anteprojeto, autopeça, microcomputador, geopolítica, infraestrutura etc. Obs.: com o prefixo “vice” sempre se utiliza o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-presidente, vice-governador etc.
  5. Quando o prefixo termina com a mesma consoante inicial da palavra seguinte, o hífen deve seu usado. Exemplos: super-romântico, inter-racial, super-resistente, sub-bibliotecário etc. (exceções: com o prefixo “sub” – sub-região, sub-regimento; com os prefixos “circum” e “pan” – circum-navegação, pan-americano etc.)
  6. É obrigatória a utilização do hífen após os prefixos “ex”, “sem”, “além”, “aquém”, “recém”, “pós”, “pré” e “pró”. Exemplos: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-nascido, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
  7. Quando forem usados os sufixos de origem tupi-guarani, o hífen será usado. Exemplos: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim etc.
  8. O hífen deve ser usado para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, o que é conhecido em gramática como encadeamento vocálico. Exemplos: Rio-Niterói, Rio-São Paulo, ano-novo, situação-problema etc.
  9. Algumas palavras, anteriormente formadas ou compostas pela junção de dois ou mais termos, ficaram tão comuns na língua portuguesa que perderam a noção de composição. Portanto, não são mais escritas com hífen. Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, pontapé etc.

Como podemos observar, apesar de haver bom número de regras, a utilização do hífen não é tão complicada quanto parece, e fica bem mais fácil se a pessoa que escreve regularmente procurar colocá-las em prática. Na dúvida, um bom dicionário ou a consulta à internet será de grande valia. Também vale a pena anotar os termos menos comuns ou que oferecem maior dificuldade na sua assimilação.

 

Caso você tenha alguma dúvida gramatical ou referente à redação de algum texto, envie-a para o e-mail crescendojuntos@cefsa.edu.br . Ela será esclarecida nesta seção do nosso blog.

Colaboração: Sérgio Martins (ex-professor do CEFSA e atual colaborador do Setor de Comunicação nos serviços de revisão de textos)

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